8. Divindades e Crença

Nó Celta

A convicção na essência divina é algo inerente ao ser humano. “Toda tradição espiritual tem uma história complexa. Em vez de definir o Druidismo em termos míticos como uma tradição primeva de um passado distante, faz mais sentido encará-la em termos históricos como um sistema de crenças em constante renovação, sujeita a reformulações e influências externas, bem como ao impacto de experiências individuais.” John Michael Greer.

O Druidismo moderno com ênfase reconstrucionista, é visto como uma religião Politeísta – que acredita em vários Deuses e Deusas; Panteísta – na crença que a natureza e todo o Universo são divinos; e Animista – na crença de que os elementos do Cosmo (Sol, Lua, estrelas) e todos os elementos da natureza possuem um espírito ou uma existência divina dignas de veneração. Assim como no passado, o bosque sagrado e a árvore central representam o local de culto.

A nossa fé está alicerçada no princípio que nos leva à comunhão ou união com uma força Criadora, Soberana e Multifacetada na forma de Deuses Celtas ou às divindades politeístas, anterior à cristianização, considerados como ancestrais primordiais, ou seja, uma religião natural e étnica que representa um povo ou cultura específica, embasada na natureza sagrada, que visa buscar conhecimento, sabedoria e inspiração.

Tanto os Deuses como as Deusas, possuem características próprias e distintas, virtudes e saberes, conforme seus atributos, descritos nos mitos e nas lendas de cada região onde foram cultuados. Embora eles tivessem uma diversidade de deidades, seus cultos eram inerentes à tribo local. Apesar de relativa igualdade, cada clã celebrava as tradições pertencentes a sua terra natal, com exceção de algumas divindades pan-célticas cognatas.

Os contos celtas irlandeses e galeses, talvez por um acesso mais fácil aos inúmeros registros dos seus mitos, nos conectam naturalmente a essa força ancestral. Então, por mais explicações que possamos buscar, jamais conseguiremos explicar tudo aquilo que é sensorial e até mesmo intuitivo, cada um deverá ter suas gnoses pessoais e completar-se na sua própria fé ao vivenciá-las diariamente.

Essa é a minha visão e a jornada pessoal pelo qual podemos redescobrir os Deuses antigos, a herança de uma conexão espiritual e até mesmo familiar, e que nos faz reconhecer a crença no Druidismo que praticamos, como o chamado de uma alma poética e guerreira.

“O amor é absoluto – elemento vital para a vida humana. Só o amor pode despertar a divindade dentro de você.”

E quem sabe esse seja o seu caminho também? Pois quando a alma desperta tudo se completa!

Rowena A. Senėwėen ®
Pesquisadora da Cultura Celta e do Druidismo.

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