Celebrações: Festivais

Nó Celta

Samhain – Inverno – Imbolc – Primavera – Beltane – Verão – Lughnasadh – Outono

Em nossas práticas pessoais e devocionais, durante os grandes festivais, honramos as divindades irlandesas e nos solstícios e equinócios, as deidades galesas. Reconhecemos esses ciclos anuais como períodos de grande conexão aos Deuses, Ancestrais e à Natureza. Sláinte!

Festival de Samhain

Festival celebrado no dia 1° de maio, no Hemisfério Sul, representa o fim e o começo de um novo ciclo. Samhain (“Sow-in” ou “Sah-win”) é conhecido como a Noite Sagrada que marca o início da parte escura do ano, com a proximidade do inverno, simbolizando o fim da colheita. Rito dedicado aos ancestrais, Morrighan, Dagda e Manannán Mac Lir. No Hemisfério Norte celebra-se no dia 1° de novembro.

Samhain significa “sem luz” ou “fim do verão”, a noite em que o mundo mergulha na total escuridão da alma, preparando-nos para a chegada das noites frias, quando o poder do Sol diminui e a força do submundo aumenta. Na Irlanda antiga, todos os anos um novo fogo sagrado era aceso, com o qual se acendiam todos os demais fogos do vilarejo para queimar durante todo o inverno, com o objetivo de levar luz através do tempo escuro do ano.

Samhain

A comemoração do “Ano Novo Celta” é um momento misterioso que não pertence nem ao passado, nem ao presente, nem a este mundo e nem ao outro. É o momento em que os portões entre os mundos se abrem e o véu que os oculta, se torna mais tênue. Época ideal para acessarmos o Outro Mundo em busca de inspiração.

Samhain marca o início de um novo período e um recomeço em nossas vidas. Representa o ciclo de morte e renascimento. Homenageie a memória dos antigos preparando alimentos de sua preferência e contando suas histórias aos seus descendentes. Ao anoitecer, acenda velas nas janelas da frente de sua casa para proteção e em sinal de respeito e agradecimento aos antepassados de sangue, da terra e da tradição, pois nem sempre os espíritos dos mortos são amistosos.

Este festival é sinônimo de introspecção e renovação, com a união de Morrighan e Dagda, descrita durante a Segunda Batalha de Magh Turied ou Moytura. Segundo o Lebor Gabála Érenn, nos mitos irlandeses medievais, na véspera do Samhain a cada três anos, nobres, sábios e guerreiros se reuniam na Assembleia de Tara para renovar acordos e prover registros históricos, precedido de três dias de festas, podendo ser considerado uma festividade aos espíritos da terra.

Celebrem e vivenciem todas as fases da vida, pois a Roda gira igual para todos, mesmo para aqueles que não estão conectados a ela. O ciclo eterno das transformações… Onde o fim representa um novo começo, abençoados pelo Céu, a Terra e o Mar!

Rowena A. Senėwėen ®
Todos os direitos reservados.

Sugestão para ritual: Sugestão para celebrar Samhain

Sugestão de Atividade: Parshell de Samhain

Correspondências modernas:
– Correlação: celebração do “ano novo celta”, final e começo de ciclo e Dia dos Mortos.
– Símbolos: cor preta e laranja, maçãs, romãs, abóbora, nozes e avelãs.
– Incensos: sálvia, carvalho ou cedro.
– Alimentos: sidra, vinho tinto, chá preto, pães e bolos de frutas.

Rainha das Sombras

No ciclo infindável da árvore de prata,
Da infinita alegria à triste lembrança
Magia da harpa que dedilha a sonata.
Num tempo passado e repassado
Caminha pela estrada da vida,
Verde esmeralda, ancestrais do passado.
Gira a Roda sem parar
E festeja a escuridão de Samhain,
Rumo a um novo despertar.
Onde a noite ultrapassa o dia enfim,
Salve, Rainha das Sombras,
Senhora do começo, meio e fim!

Rowena A. Senėwėen ®
Extraído do livro Brumas do Tempo
Todos os direitos reservados.

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Solstício de Inverno

Festival comemorado no dia 21 de junho, a época das noites frias. Este festival é conhecido como a Luz de Arthur, uma versão poética que relaciona o Solstício de Inverno às lendas do rei Arthur. Assim como Arcturus – o guardião do Urso, a estrela mais brilhante do Hemisfério Norte, que celebra este festival no dia 21 de dezembro. As datas podem variar, consulte o Calendário Lunar.

Solstício de Inverno

Este é um período de fortalecimento interior e de total movimento descendente. No Solstício de Inverno os poderes da noite e da terra atingem o ápice. Festival galês Alban Arthan – a Luz do Inverno. Em gaélico, Geimhreadh – a noite mais longa.

O Solstício de Inverno é tempo de regeneração e mudanças, o recolhimento na escuridão da terra, o hibernar para renovar-se. Propício à meditação, introspecção e proteção. Ideal para restaurar as energias e honrar a Mãe Divina, além das Deusas soberanas desta época como Grian e Rhiannon; preservando o mito da deusa-cavalo no folclore galês através de Mari Lwyd.

As noites se tornam mais longas que o dia e o inverno, por fim, se estabelecem. A partir desta data, a luz solar começa aumentar gradativamente, apesar do tempo frio, onde reina soberana Cailleach.

Assim como no solstício do verão, os megálitos pré-célticos estão alinhados ao nascer do sol, como em Stonehenge, o mesmo acontece no inverno em Newgrange, na Irlanda.

Ornamente seu altar com folhas de figueira, azevinho ou carvalho, além do pinheiro que simboliza a renovação e o crescimento, elementos que remetem ao inverno. Acenda algumas velas para simbolizar o Sol e elevar os ânimos. Honre a Mãe Terra e o renascimento do poder solar, como a esperança do retorno da luz. Que assim seja!

Rowena A. Senėwėen ®
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Sugestão para ritual: Sugestão para celebrar o Solstício de Inverno

Lenda e mitos: O Bom Velhinho Celta!

Correspondências modernas:
– Correlação: natal cristão, renascimento do sol e a dança espiral da renovação.
– Símbolos: cor verde, vermelho e amarelo, pinhas, galhos e folhas verdes.
– Incensos: louro, carvalho ou sálvia.
– Alimentos: sidra, hidromel, vinho quente ou chá, sopa, pães e bolos.

Mistérios da Noite

Noite escura adentra os mistérios da tua alma,

Expurga as sombras dentro deste absoluto infinito
No sentido contrário do habitual, transmuta na chama
O caldeirão das energias estagnadas que aqui deposito.

Ô Deusa que atua na minha força ancestral
Venha com tua infinita sabedoria nos amparar
Seja a pedra, a foice e a taça elemental
Os regentes das mansões estelares a nos restaurar.

Pela borda das nove pérolas da tua proteção
E pela inspiração fervida na prímula silvestre,

Transforme a prata e o visco nesta bela infusão
Abençoando-nos em teu ventre sagrado.

Rowena A. Senėwėen ®
Extraído do livro Brumas do Tempo
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Festival de Imbolc

Festival comemorado no dia 1° de agosto, conhecido como Imbolg – nome gaélico que significa que significa “na barriga” ou “o primeiro leite”. Rito consagrado a Brighid, Deusa amada por todos. A Senhora do fogo, da cura, da poesia, da canção flamejante, das artes da forja e dos poços sagrados. No Hemisfério Norte celebra-se no dia 1° de fevereiro.

Imbolc

Este festival é dedicado ao aumento da luz, com o final do inverno e o despertar das sementes sob o solo, simbolizando os primeiros sinais de vida, garantindo a fertilidade e a renovação da esperança. É a promessa da Imbas, a inspiração sagrada!

Imbolc é a época em que celebramos o retorno do Sol, que ainda não ganhou força suficiente para banir de vez o frio do inverno. Um costume típico de “Lá Fhéile Bríde” é plantar uma árvore frutífera, além da confecção da Cruz Solar de Brighid, com palha de trigo ou junco, para homenagear Brighid, o lar e a família.

Ritual que dá boas-vindas à esperança de um novo amanhecer primaveril, que para os celtas era representado pelo nascimento das primeiras ovelhas, assim como, a celebração daquela que dá à luz e com seu leite sagrado, alimenta a nova vida.

Este festival é marcado pela transformação das energias, ideal para se fazer planos, projetos, iniciações e abertura de novos caminhos, além de purificar sua casa, promovendo a renovação, tanto material como espiritual. Este é um rito alegre e muito iluminado, com velas, fogueira ou lareira.

Aproveite os benefícios curativos das águas dos rios e das fontes. Na Irlanda há várias nascentes e poços dedicados à Deusa Brighid. A água representa um portal para o Outro Mundo, um local de cura e fonte de sabedoria. Bênçãos do Céu, da Terra e do Mar!

Rowena A. Senėwėen ®
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Sugestão para ritual: Sugestão para celebrar Imbolcl

Sugestão de Atividade: Cruz de Brighid

Correspondências modernas:
– Correlação: primeiros sinais da primavera, festival das luzes e de Santa Brígida.
– Símbolos: cor branca, amarelo e azul, flores frescas, leite e caldeirão com água.
– Incensos: mel, cravo ou canela.
– Alimentos: leite, cerveja, chás, pães e comidas à base de leite.

Oração a Brighid

Abençoada seja, a Senhora do fogo!
Deusa da cura, do saber e da providência,
Forja ardente que transforma o ferro em aço,
Protegei seus filhos com benevolência.

A semente que irradia a promessa
No ventre sagrado à luz renovada,
Iluminai o caminho com a chama solar
Guiando-nos nesta roda sagrada.

O doce mel que purifica a alma
Despertai a alegria do coração,
Com o hidromel, o néctar dos Deuses.
Salve Brighid amada, pela divina inspiração!

Rowena A. Senėwėen ®
Extraído do livro Brumas do Tempo
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Equinócio de Primavera

Festival celebrado dia 21 de setembro no Hemisfério Sul. Em galês este festival é conhecido como Alban Eilir ou a Luz da Terra; em gaélico é Earrach, que representa a regeneração dos campos e as bênçãos das sementes. É quando o dia e a noite se tornam iguais, portanto, uma data de equilíbrio e reflexão interior. No Hemisfério Norte celebra-se no dia 21 de março. As datas podem variar, consulte o Calendário Lunar.

Equinócio de Primavera

Os dias escuros agora se vão e a Terra está pronta para ser adubada, dando início ao plantio, tanto físico como espiritual. Portanto, é um período de grande concentração de energia, a fim de assegurar o desenvolvimento e o amadurecimento de todas as sementes recém-plantadas. Época de transição e de transformações.

Dedicamos este rito a Cernunnos, o Deus da fertilidade ou Blodeuwedd, a Deusa galesa das nove flores, durante o ápice do Equinócio da Primavera. A Páscoa cristã surgiu através de um antigo festival dedicado à Deusa germânica Eostre, cujo símbolo era o coelho. Os eslavos costumavam pintavam os ovos para atrair fartura. É a renovação da terra!

Lembrando que não se trata de um sincretismo entre mitologias e nem a mistura de panteões, mas um esclarecimento sobre o festival e as semelhanças pagãs. Na Irlanda, por exemplo, temos o Dia de Sheela-na-Gig, que após tentar prolongar o inverno se retira para o seu abrigo nas montanha e adormece até o fim do verão. E, na Escócia, o Dia de Cailleach, que passa o seu reinado à Brìde com a chegada da primavera.

Nessa época costuma-se abençoar a terra colocando-se ovos decorados no altar, simbolizando a fecundidade dos sonhos e o renascer da esperança. Os ovos podem ser pintados crus ou cozidos, com símbolos célticos e depois enterrados ou consumidos, enquanto mentalizamos nossos pedidos e desejos.

Fase ideal para harmonização no amor, na profissão ou em todas as áreas da vida. Aproveite para meditar próximo aos campos verdes. Que assim seja!

Rowena A. Senėwėen ®
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Sugestão para ritual: Sugestão para celebrar o Equinócio da Primavera

Lenda e mitos: A Festa de Bricriu

Correspondências modernas:
– Correlação: tempo de floração e celebração da Páscoa cristã.
– Símbolos: cor branca e verde, ovos pintados e flores coloridas ou guirlandas.
– Incensos: cravo, jasmim ou flor do campo.
– Alimentos: vinho branco, chá de flores, bolos, doces e frutas.

Sementes da Primavera

Mundos distintos
Momento distante
Sonhos perdidos
Além do horizonte
Esperanças renascem
A roda segue adiante
Medos que partem
Suave brisa da primavera
Leve embora as marcas
Que o triste inverno deixou
Renascendo o amor
No coração que agora aflorou.

Rowena A. Senėwėen ®
Extraído do livro Brumas do Tempo
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Festival de Beltane

Festival comemorado no dia 1° de novembro e que marca a entrada da parte clara do ano. Beltane ou Bealtaine significa literalmente “fogo brilhante” ou “início do verão”. Rito dedicado à Bilé, considerado o pai dos Deuses e dos homens. Foi em Beltane que as Tuatha de Danann chegaram à Irlanda, descrito na Primeira Batalha de Magh Turied ou Moytura. Este festival se dedica à purificação, cura e criatividade. No Hemisfério Norte celebra-se no dia 1° de maio.

Beltane

Beltane é o oposto de Samhain e representa o final do inverno. As tradicionais Fogueiras de Beltaine e as oferendas nos Poços Sagrados são atividades típicas dessa época, simbolizando a proteção e a boa sorte. É a união entre o Céu e a Terra, onde dois mundos se encontram novamente, pois os véus do Outro Mundo se tornam mais tênues. Época ideal para feitura de amuletos. Na tradição gaélica, confecciona-se a Cruz de Rowan com a intenção de nos proteger contra qualquer tipo de maléfico.

O calor do Sol e a exuberância da natureza representam a paixão e o amor, marcando uma época de grande poder. As fogueiras no topo dos montes e em lugares sagrados, eram rituais muito importantes na mitologia céltica, principalmente, para a purificação do gado a fim de eliminar os parasitas. Além de fazer oferendas para apaziguar os espíritos dos forasteiros.

“Lá Bealtaine” é conhecido na mitologia irlandesa como: “Entre os dois Fogos de Beltane”, as grandes fogueiras marcam também um tempo de purificação e de transição, anunciando a esperança de boas colheitas e as bênçãos da criação em nossas vidas. Um costume típico de Beltane é passar por entre duas fogueiras, o fogo pode ser representado por velas, tochas ou em dois caldeirões.

Este é um ritual muito alegre, comemorado com danças e músicas!

Essa é uma época excelente para se fazer encantamentos de cura, proteção, amor e prosperidade, além de colher o orvalho no amanhecer de Beltane para lavar o rosto e, com isso receber, suas bênçãos de beleza e juventude. Que assim seja!

Rowena A. Senėwėen ®
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Sugestão para ritual: Sugestão para celebrar Beltane

Sugestão de Atividade: Cruz de Rowan

Correspondências modernas:
– Correlação: festival da fertilidade, da purificação e da renovação através do fogo.
– Símbolos: cor vermelha e branca, flores vermelhas, folhas verdes e guirlandas coloridas.
– Incensos: alecrim, lavanda ou rosas.
– Alimentos: vinho tinto, sidra ou suco, bolo de mel, pães e frutas vermelhas.

Fogo Brilhante

Pelas terras além do horizonte,
Os Deuses transitam entre mundos
Ventos sopram chamas do fogo brilhante
Pulsando na respiração ofegante
Extasiados sob a luz do luar
O destino flui nas imagens do ser
Que se revelam por entre o olhar
Diante do corpo que geme de prazer
Corações unidos pelo brilho eterno
Na dança que une a taça e a espada
Resgatam memórias de Avalon
Inebriante líquido da fonte sagrada
O anel de ouro sela o beijo de prata
E as brumas ressurgem novamente
Apenas para ritualizar esse divino amor
Onde os amantes se encontram finalmente

Rowena A. Senėwėen ®
Extraído do livro Brumas do Tempo
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Solstício de Verão

Festival celebrado dia 21 de dezembro no Hemisfério Sul. Em galês este festival é conhecido como Alban Hefin – a Luz do Verão; em gaélico é Samhradh – o dia mais longo, onde o poder da criação está mais ativo e o Sol finalmente atingiu o seu apogeu. A natureza encontra-se plena de luz e magia. No Hemisfério Norte celebra-se no dia 21 de junho. As datas podem variar, consulte o Calendário Lunar.

Solstício de Verão

Este é o dia mais longo do ano, no ápice do verão, aproveite para meditar sob o sol da manhã, celebrando durante todo o dia até o anoitecer, trazendo assim, toda magia solar para o seu interior. Esta é uma boa época para se homenagear o Sol, nas tradições pagãs costuma-se pular fogueiras para a purificação, a fertilidade, a saúde e o amor.

Nesta época o carvalho era especialmente honrado através do corte sacrificial do visco sagrado pelos antigos druidas. Muitos círculos de pedras e megálitos pré-célticos estão alinhados com o nascer do sol nesse dia, incluindo Stonehenge. Na Ilha de Man é costume durante o Solstício de Verão ir ao topo da colina mais alta e pagar o aluguel ao antigo Deus da ilha, ofertando um tributo em homenagem à Manannán Mac Lir, o Senhor dos portais entre os mundos. Dedicamos também este rito a Arianrhod, como “a mais bela além do amanhecer do verão”.

Aproveite esse ritual para fazer oferendas e comunicar-se com o “Povo das Fadas”, pedindo-lhes conhecimento, inspiração e sabedoria. Enfeite seu altar com girassóis, frutas frescas e ervas secas como: lavanda, camomila, verbena ou qualquer erva específica do meio de verão.

Procure sentir toda a energia elemental da natureza fluindo através do seu corpo. Este festival é propício para renovar todas as vibrações tanto da casa, como das pessoas. Além de ser um momento excelente para ativar a prosperidade, a prática de jogos recreativos e piqueniques em família.

Período de materialização de todas as nossas esperanças, onde projetos, sonhos e desejos lançados na época do plantio, começam a dar seus frutos, conforme o despertar da consciência, tornando-se realidade. Celebre e agradeça aos Deuses por mais este ciclo de expansão. Que assim seja!

Rowena A. Senėwėen ®
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Sugestão para ritual: Sugestão para celebrar o Solstício de Verão

Lenda e mitos: Oisín e Niamh na Terra da Juventude

Correspondências modernas:
– Correlação: festas juninas, o midsummer, a noite das fadas e da magia.
– Símbolos: cor amarela e laranja, flores de girassol e símbolos solares.
– Incensos: alecrim, louro ou canela.
– Alimentos: vinho tinto, sucos cítricos, pães, frutas e hidromel.

Homenagem a Manannán

Eu sou o centro do mundo
Onde o mar nos circunda
Cavalgo por entre as nove ondas
Que transportam ao Outro Mundo
Neste imenso céu acima de nós
Estou firme sobre a terra
O fruto da árvore da vida
Que inspira o bardo, o vate e o druida
Sob a agitação das águas sombrias
A bruma, o manto e a maçã dourada
Que emana cura ao bem-aventurado
A eterna sabedoria de Manannán

Rowena A. Senėwėen ®
Extraído do livro Brumas do Tempo
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Festival de Lughnasadh

Lughnasadh, “La Lúnasa”, é celebrado no dia 1° de fevereiro e é um dos quatro Festivais Celtas do Fogo, basicamente, um ritual agrícola de agradecimento, quando se comemora o primeiro dos três festivais da colheita. Rito dedicado à Tailtiu e Lugh – seu nome significa “Luz”, brilhante como o Sol. No Hemisfério Norte celebra-se em 1° de agosto.

Lughnasadh

Época ideal para agradecermos às nossas colheitas, sejam elas boas ou não, pois sabemos que na natureza tudo é necessário para o nosso crescimento pessoal. A festa de Lugh marca o fim do verão, o início do outono e o tempo da colheita, onde oferendas são feitas com o objetivo de protegê-las. Além de se manter a paz durante a assembleia, para que acordos e casamentos temporários fossem formalizados.

Lughnasadh literalmente significa “Jogos Fúnebres de Lugh”, isso se deve ao antigo costume celta de promover encontros tribais, feiras e competições esportivas, denominado “Oenach”, quando os clãs se reuniam em paz, para honrar a soberania da terra e resolver questões jurídicas. Nas práticas modernas, o primeiro gole de vinho e o primeiro pedaço de pão devem ser jogados dentro do caldeirão, juntamente com papéis, onde serão escritos seus agradecimentos.

Durante este festival honramos a rainha Firbolg e mãe adotiva de Lugh, Tailtiu, que o acolheu depois de ter sido resgatado por Manannán. No mito, ela morre após o grande esforço que fez para limpar a planície central da Irlanda, preparando a terra para o cultivo, metáfora ao sacrifício que a Mãe Terra faz todos os anos, para que o ciclo da colheita se perpetue.

Amuletos e talismãs antigos deverão ser queimados durante o rito. Simbolicamente, nos livramos de tudo aquilo que está velho e desgastado, pois a vida se torna morte e a morte se torna vida, o ciclo da criação.

Mesmo não plantando e nem colhendo mais o nosso alimento, lembre-se que tudo foi semeado e produzido nos campos e na terra. Agradeça sempre aos Deuses pela fartura e abundância de nossas vidas. Neste festival, enfeite seu altar com sementes, ramos de trigo, grãos e frutas da época. Bênçãos dos Três Reinos!

Rowena A. Senėwėen ®
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Sugestão para ritual: Sugestão para celebrar Lughnasadh

Sugestão de Atividade: Nó da Colheita

Correspondências modernas:
– Correlação: o ciclo das colheitas e dia de Ação de Graças cristão.
– Símbolos: cor vermelha, amarelo e laranja, sementes, grãos e lança.
– Incensos: camomila, sândalo ou alecrim.
– Alimentos: vinho tinto ou suco de frutas, cerveja de trigo, pães de cereais, bolos e milho. Obs: o milho é um alimento característico das Américas que, historicamente, não foi utilizado pelos celtas.

A Primeira Colheita

Bendita seja a água sagrada
Que purifica a alma e o coração,
Sob a Lua dessa colheita abençoada.
Sombras anciãs trançam suas raízes pela terra
E ofertam o seu primeiros grão
À Mãe Terra na próxima estação,
Guiados pela lança de Lugh, o Brilhante.
Sofrimentos são banidos
Para algum lugar bem distante.
Girando pelas espirais da lenda e do mito,
Caminhamos pela luz do dia
Rumo às estrelas da noite no espaço infinito.
Agradecendo o pão que nos é oferecido
Neste altar de feixes e de grãos,
Consagro esse elo querido.
Ao nobre que caminha na inspiração
Pela doçura desse ciclo sem fim,
O amor que une a verdadeira união.

Rowena A. Senėwėen ®
Extraído do livro Brumas do Tempo
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Equinócio de Outono

Festival celebrado no dia 21 de março no Hemisfério Sul. Em galês é conhecido como Alban Elfed, a Luz do Outono ou a Luz da Água; em gaélico é Fómhar – período em que se comemora a segunda colheita, iniciada em Lughnasadh. A vegetação e a luz solar diminuem e os mistérios da vida e da morte se apresentam. Mais uma vez, os dias e as noites são iguais. No Hemisfério Norte celebra-se no dia 21 de setembro. As datas podem variar, consulte o Calendário Lunar.

Equinócio de Outono

Época do equilíbrio, da paz e do tempo de se fazer uma avaliação de tudo aquilo que foi plantado e colhido. As folhas começam a cair e o Sol a minguar rapidamente. A natureza declina e se prepara para a chegada do inverno.

Dedicamos este rito a Mabon ap Modron “Filho da Mãe Divina”, representando a colheita dos frutos, a despedida do verão e a preparação para o inverno, que se aproxima. Mabon é filho de Modron, associada à fertilidade e às colheitas dos campos. Modron, em alguns mitos, pode ser comparada a Morrighan, bem como a personagem Morgana Le Fay do ciclo arthuriano.

Fase ideal para cura, harmonia, amor e proteção às pessoas que amamos. Aproveite a energia deste ritual para caminhar num bosque e colher sementes, galhos e folhas secas, refletindo sobre a colheita recebida no ápice do outono. O fluir da Awen!

No Equinócio de Outono lembre-se também daqueles que estão doentes e das pessoas mais velhas, que precisam da nossa ajuda, dirija-lhes palavras de amor e carinho, antes da travessia ao Outro Mundo.

Enfeite seu altar com os grãos e sementes que sobraram da primeira colheita, folhas secas, galhos, abóboras, maçãs e outros frutos do outono. E, agradeça mais uma vez à Mãe Terra, pelas bênçãos recebidas durante a sua colheita pessoal. Que assim seja!

Rowena A. Senėwėen ®
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Sugestão para ritual: Sugestão para celebrar o Equinócio de Outono

Lenda e mitos: Culhwch e Olwen – Mabinogion

Correspondências modernas:
– Correlação: resultado das colheitas, preparar-se para o inverno e despedir-se do verão.
– Símbolos: cor laranja e marrom, grãos, sementes e folhas secas.
– Incensos: benjoim, lavanda ou sálvia.
– Alimentos: vinho branco ou suco de frutas, cerveja, pães de cereais e bolos.

A Segunda Colheita

Num tempo de infinita beleza,
A vida segue as mansões da Lua
Na dança cósmica da natureza.
Realinha seu eixo energético
E cresce um pouco a cada dia,
Completando o ciclo do ano céltico.
Na jornada da segunda colheita,
Não existem tradições e nem contradições
Existe, apenas o princípio maior da criação,
O equilíbrio perfeito em nossos corações.

Rowena A. Senėwėen ®
Extraído do livro Brumas do Tempo
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Referências bibliográficas:
MACCULLOCH, J.A. – A Religião dos Antigos Celtas – Edinburgh: T. & T. CLARK, 1911.
MAY, Pedro Pablo – Os mitos celtas – São Paulo: Angra, 2002.
MARKALE, Jean – A Grande Epopéia dos Celtas – Ed. Ésquilo, 1994.
KONDRATIEV, Alexei – Rituales Celtas. Buenos Aires: Ed. Kier, 2001.
[Crédito das imagens: Cartões do artista britânico Neil Sims.]
Leia também: Roda do Ano Galesa
Ajuda na pronúncia:
FORVO – Guia de Pronúncias: https://pt.forvo.com
Projeto ABAIR: https://www.abair.tcd.ie
Sobre as estações do ano em gaélico: Na Séasúir

Rowena A. Senėwėen ®
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"Três velas que iluminam a escuridão: Verdade,
Natureza e Conhecimento." Tríade irlandesa.

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Cat

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