Deusas, Mães, Mulheres

Nó Celta

A verdadeira essência se faz presente dentro de cada ser e a alma busca se identificar com aquilo que lhe auxiliará a completar o seu ciclo de transformação. Os Deuses possuem vários atributos e características, ambos necessários para o desenvolvimento pessoal e devocional.

Ansiedades e emoções estão quase sempre adormecidas e camufladas por uma série de recalques impostos pela sociedade, por motivos mais do que óbvio, estão baseados num regime patriarcal obsoleto e desnecessário, anulando quase que por completo a essência feminina.

Nessa jornada, lembremo-nos que a balança que pende aos extremos vive em constante desequilíbrio!

A natureza nos mostra constantemente que tudo se completa, atraímos aquilo que conscientemente ou inconscientemente queremos, através da vibração de nossos pensamentos. Mas o que realmente desejamos? Isso nem sempre é bem definido e acabamos por viver de forma mecânica e frustrada, simplesmente porque não estamos em sintonia com o verdadeiro querer.

Ao entrarmos em contato com a nossa essência divina, estaremos canalizando forças ancestrais positivas que nos ligarão às energias cósmicas, unindo-nos à fé e a ação, ou seja, à vontade e o desejo ardente, na certeza que tudo nos guiará ao melhor caminho do momento, mesmo quando houver imprevistos.

A Roda gira nos ciclos infindáveis das muitas vidas, até quando se fizer necessário. Esses ciclos muitas vezes se repetem, justamente para despertar a consciência para novas probabilidades. Todos os ciclos são expressões de energia que moldam a vida dentro de um parâmetro sazonal ou um padrão tido como “normal”, que foge daquilo que seria mais natural. Os ritos marcam o tempo e despertam a memória ancestral de narrativas do pertencimento da roda.

Por vezes, esquecemos que o natural é ser feliz, ser uno com todos os elementos primários da criação e ser parte deste processo de constante renovação interior, onde o equilíbrio se funde nas forças femininas e masculinas, a verdadeira essência do amor e dos seres de luz e sombras que somos: deusas, mães, mulheres, além de guerreiras, amantes, companheiras… E, acima de tudo, seres humanos passíveis de erros e acertos, que mesmo em tempos de guerra e batalhas internas e externas, buscam viver suas vidas em paz.

Os escritores clássicos nos fornecem tentadores vislumbres sobre as sacerdotisas celtas. Onde a maioria delas tomaram a responsabilidade de se comunicar com o mundo sobrenatural, às vezes, chamadas de druidesas. Os textos míticos vernáculas da Irlanda fazem referências diretas as poetisas e videntes do sexo feminino, como descreve a arqueóloga Dra. Miranda Green, no seu livro Exploring the World of the Druids. Recomendo a leitura.

Somos sim, a essência sagrada e divina, em suas diferentes faces, as grandes mães universais, doadoras da vida e da morte, em constante transformação. Esqueçamos então, a luta pelo poder, as diferenças entre os sexos ou gêneros, e sejamos simplesmente: Deusas-mulheres. Que assim seja!

Imagem: Aly Fell – The Lady of Shalott

Rowena A. Senėwėen ®
Pesquisadora da Cultura Celta e do Druidismo.

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"Três velas que iluminam a escuridão: Verdade,
Natureza e Conhecimento." Tríade irlandesa.

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